Bacharelado
É o uso de música e sons para a reabilitação física, mental e social de indivíduos ou grupos. O musicoterapeuta pesquisa a relação do homem com os sons para criar métodos terapêuticos que visem a restabelecer o equilíbrio físico, psicológico e social do indivíduo. Ele utiliza instrumentos musicais, canto e ruídos para tratar portadores de distúrbios da fala e da audição ou com deficiência mental. Atua na área de reabilitação motora, no restabelecimento das funções de acidentados ou pessoas acometidas de derrames cerebrais. Auxilia estudantes com dificuldade de aprendizado e contribui para a melhoria da qualidade de vida de idosos e pacientes com aids e câncer, por exemplo. Também promove a reabilitação de dependentes químicos e a reintegração social de menores infratores. Pode trabalhar em hospitais, clínicas, empresas, instituições de reabilitação e centros de geriatria e gerontologia.
Salário inicial: R$ 80,00 (por sessão de 50 minutos, em consultório; fonte: profa. Maristela Smith, da FMU).
Duração média: quatro anos. Outro nome: Mús. (musicoterapia).
O mercado de trabalho
Por ser um profissional ainda pouco conhecido no mercado de trabalho, a tendência é que as oportunidades cresçam nos próximos anos, pois ele pode trabalhar tanto na área de saúde como de educação. Grande parte dos formados atua na área clínica, atendendo em consultório, muitas vezes em conjunto com outros profissionais do setor de saúde. Especialistas em reabilitação e prevenção encontram boas chances nas alas de pediatria, geriatria e oncologia de hospitais e clínicas, incluindo aquelas de atendimento a pacientes com necessidades especiais, além de ONGs. O setor de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e o setor de Neurologia da Unifesp trabalham com estagiários e mantêm profissionais dessa área em seu quadro de funcionários. A maternidade-escola da UFRJ conta com esses profissionais e também o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Nas escolas públicas e privadas, o formado é solicitado para auxiliar alunos com problemas de aprendizagem. "Há oportunidades em empresas, em equipes de recursos humanos para atuar em programas de integração e qualidade de vida. As empresas também o chamam para dar palestras e workshops a seus funcionários para ensinar como administrar o estresse", diz Raquel Siqueira da Silva, coordenadora do curso do CBM-CEU. Na área pedagógica, há demanda por docentes capacitados para ministrar disciplinas específicas em cursos de graduação e pós-graduação. Concursos públicos têm sido abertos para o musicoterapeuta, sobretudo no campo de saúde mental e nos Centros de Apoio Psicossocial (Caps), no âmbito municipal, estadual e federal. No Rio de Janeiro, 14 municípios já contam com musicoterapeutas em seu quadro. Além do Rio, as capitais de São Paulo, Goiás e Paraná são as mais promissoras.Salário inicial: R$ 80,00 (por sessão de 50 minutos, em consultório; fonte: profa. Maristela Smith, da FMU).
O curso
Não é preciso ter conhecimento formal de música para ingressar nesse bacharelado, mas é recomendado possuir intimidade com a linguagem musical. O currículo mescla disciplinas das áreas de música e neurociências e inclui o aprendizado de alguns instrumentos, que serão utilizados depois no atendimento aos pacientes. História da música, percepção musical, psicologia do desenvolvimento, fisiologia, anatomia e neuropsiquiatria são algumas das matérias. Nas específicas, o estudante conhece os fundamentos da musicoterapia e suas principais técnicas e processos. O estágio em clínicas, empresas, consultórios ou hospitais é obrigatório. As grandes universidades costumam ter clínicas e hospitais-escola, onde o bacharelando pratica o que aprendeu em teoria, prestando atendimento à comunidade. É exigida uma monografia para a conclusão do curso.Duração média: quatro anos. Outro nome: Mús. (musicoterapia).
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